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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fim de um. Começo de outro.






Deparei-me parada olhando para a folha em branco. São tantos os acontecimentos recentes, que tenho a necessidade de expressar, por meio da melhor maneira que achei de fazê-lo, escrever. Porém, sinceramente, não sei nem por onde começar.
Tudo ia muito bem, obrigado. Entretanto, veio aquele dia inesquecível, com nossos amigos +família + um lugar maravilhoso. Resultado dessa equação? Nós aproximamos de novo, como há tempos não ocorria.
Rimos e nos divertimos muito o dia todo. A viagem então? Só Deus sabe como me segurei para não segurar a sua mão macia, para não passar os dedos no seu cabelo. Lugares esses do seu corpo, que nossa atual situação, não me permitia mais ter acesso.

O dia seguinte raiou. Quando acordei logo vi uma mensagem sua chegar. Pra minha surpresa, o dia anterior havia sido real. E você também.
Voltamos ainda mais esperançosos do que das outras vezes. Eu, com certeza, muito mais. Pois agora você não era apenas aquele menino de 17 anos. Era alguém que, pelo menos na minha cabeça, mais do que nunca sabia o que queria, e já havia obtido várias responsabilidades que fariam de você o menino-homem que eu tanto sonhei.

Tudo extraordinário até aí. Mil promessas, planos concretizados, a frase eu te amo dita, talvez mais que o necessário. Mas não nos importávamos, dessa vez seria só eu e você, valeria a pena.
Lembro-me como se fosse hoje, o quanto esperei a sua primeira mensagem do dia chegar. Elas sempre eram lindas. 8:00h nada. 10:00h nada. Minha mente já começou a imaginar todas as coisas ruins que poderiam ter acontecido. Mas, talvez seja só a “ressaca” da virada. Você me disse que iria ver os fogos. Então pensei: deve estar dormindo ainda, tudo bem. Eu sei que ele vai se lembrar de mim.
Mal sabia eu que você estava mais do que acordado. Estava imaginando a melhor maneira, se é que ela existe, de me dizer que era o fim.
Quando seus lábios pronunciaram a palavra “CONFUSO”, meu coração disparou e já não me segurei mais. Lágrimas escorreram dos meus olhos, meus sonhos foram destruídos, e nosso castelo veio abaixo. Mais uma vez.

Não acredito. De novo fui enganada. Você brincou comigo e com meus sentimentos novamente. O que eu fiz pra merecer isso? Te amei demais? Sim. Talvez esse tenha sido meu maior erro, juntamente com o erro de acreditar demais, em você, e nas pessoas em nossa volta. Você tentou explicar das melhores maneiras possíveis. Disse que ainda me amava, que tudo o que havíamos vivido, nessa última semana, e nos 3 anos que nossa história já duram (é muito tempo pra um coração sofrer. Você não acha?) tinha sido verdadeiro. Confesso que queria muito acreditar. Contudo, suas ações dificultavam isso cada vez que você dizia que seria pra sempre, mas sempre voltava atrás.

Ainda fico em dúvida sobre o que mais me magoou. Se foi a sua covardia, em assumir as responsabilidades, ou ter sido enganada por alguém que se dizia minha amiga. Por dias me senti como a pessoa mais ingênua do mundo. Por ter confiado nela, e em você. E por mais que as pessoas tenham dito pra eu me valorizar, aquele tal de Amor Próprio, ele nunca foi muito com a minha cara. E de novo, me “arrastei”, quase que literalmente pra você. Pedi desculpas, sendo que o culpado nessa história foi você mesmo. Pelo menos hoje tenho com a consciência que lutei por esse sentimento. Nunca duvide disso. Tentei acreditar que tudo ia ser diferente, que você viria correndo, me implorando pra não ser o nosso fim. Assim como a gente vê nos filmes, sabe. Pra minha decepção você se contentou com um ponto final, e não. Não me pediu mais uma chance. Eu teria te aceitado de volta. Mesmo minha razão me dizendo o contrário.

Aquela ultima conversa me fez ver o quanto o sentimento que tenho por você, pra minha infelicidade, é real. Um choro como nunca havia ocorrido antes dizia tudo o que as palavras, por estarem de folga da minha vida, não conseguiam expressar. Você foi, e, sempre será parte de mim. Pena nossa história ter acontecido cedo demais. Nem sempre ser a mais madura da situação é algo bom. Muitas vezes eu só queria poder gritar, e chorar. Como fazem as adolescentes de 15 anos. Pelo menos as pessoas olhariam, e diriam: Tá. Tudo bem. Ela tá crescendo. Mas comigo não é mais assim.

Concordamos em sermos amigos. Se é que existe amizade entre pessoas que já se amaram. Estou tentando acreditar que isso pode ocorrer com a gente. Quando te vejo, eu sorrio. Mas quem realmente me conhece, como você, sabe que não engano assim tão fácil. Isso nunca foi o meu forte. Disfarçar o que eu sinto. Minha transparência muitas vezes me irrita, e me faz parecer fraca. É mais um defeito meu, fazer o que?!
Hoje tento fazer com que a borracha que vem com o tempo te apague. Confesso, mais uma vez, que não queria que fosse pra sempre. Bem que ela podia apagar só as coisas ruins, e deixar as risadas, os abraços, e tudo o que foi bom ao seu lado. Mas isso não depende da minha vontade.
Como último apelo, peço ao Senhor do tempo que nos cure. E nos faça novos de novo. Para o amor, para a dor, e para que um dia nosso sim, realmente signifique SIM!!!

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